Você
sabe o que é a ficção cristã?
Para
o primeiro post do blog, resolvi trazer uma explicação sobre o genero principal
que será abordado aqui.
Livros de ficção cristã nada mais são do que histórias, narrativas, criadas para representar a relação entre a igreja e Cristo, seja de forma direta (uma alegoria, como Amor e Graça, da Dulci Veríssimo), indireta (como um romance cristão, estilo livros da Aline CM), ou até mesmo em fantasias (Nárnia, de CS Lewis) e ficção científica (A Canção dos Doze, do Guilherme Iamarino).
Na
própria Bíblia vemos exemplos da ficção cristã através das Parábolas e outras
histórias.
“A ficção ajuda o cristão a aprender a falar de formas que possam navegar entre o abstrato tedioso e o corriqueiro irrelevante. Também te possibilita aprender sobre a natureza humana. Eu nunca tive um problema com vício em drogas. Eu não consigo imaginar que tipo de coisa levaria alguém a experimentar metanfetamina. Ler histórias de vida em locais onde isso é comum e sobre as motivações por trás de um viciado em metanfetamina podem me ensinar a lidar com essas coisas de forma bíblica e enxergar onde eu tenho uma idolatria similar que seria igualmente incompreensível para outra pessoa.”(Russel Moore)
Agora
porém, também devemos entender a seriedade de como a ficção cristã deve ser
retratada.
Michael Horton fala: “Se vamos escrever literatura ‘cristã’ e criar obras de
arte e música distintamente ‘cristãs’, deverá ser feito de modo tão plenamente
persuasivo intelectualmente e artisticamente que os que não são cristãos serão
impressionados por sua integridade — mesmo que eles discordem.”
Mesmo que o autor esteja escrevendo uma ficção, a obra deve-se manter inteira
fiel as escrituras (como as Parábolas são). É claro que isso não quer dizer que
o autor não possa abordar um personagem que cai, por exemplo, mas, ele vai
fazer a narrativa de tal forma que demonstre o pecado da pessoa, e a
necessidade de um salvador (Jesus) para tirá-la dessa vida.
“O teste da serpente no jardim consistiu basicamente em ir além das palavras do criador, negou o absoluto e plantou em Eva o desejo pelo mito, quando afirma ‘Foi isto mesmo que Deus disse?’. A vigilância dos cristãos deve ser redobrada nestes tempos e nem a ficção pode nos afastar do que está escrito. Vivemos uma época de escassez de uma verdade final, ou do ‘qualquer coisa serve e pode ser a verdade’. Não esqueçamos que A verdade do Evangelho é irreconciliável com a cultura do mundo. Ser cristão, inclusive é ser um ‘rebelde’ à estas formas do mundo. Não há ponte, não há atalhos viáveis.”(Sady Santana)
A ficção cristã no Brasil não é conhecida, e muitas editoras tentam traduzir mais livros, mas não conseguem pela falta de procura. É importante espalharmos esse gênero e mostrarmos a beleza das narrativas inspiradas no amor de Deus e na redenção que Cristo fez por nós na cruz, mas devemos ter cuidado para não recomendarmos livros onde o autor, apesar de se dizer crente, fere a santidade e soberania da Trindade.
Por fim, você pode até argumentar que nunca viu uma ficção cristã. Mas, com
sinceridade, você nunca ouviu falar sobre As Crônicas de Nárnia? O famoso filme
do leão? Pois é, é uma ficção cristã onde Aslam representa Deus. (Ainda
pretendo fazer um post exclusivo falando sobre o cristianismo em Nárnia).
Outro
livro muito famoso é O Peregrino, uma obra fictícia escrita por John Bunyan que
conta o duro trajeto do Cristão até o Céu.
Você
ficou com alguma dúvida sobre o gênero? Já leu algum livro de ficção cristã? Se
sim, qual o seu favorito?
Fontes:
- https://querenane.com.br/
- http://www.monergismo.com/textos/cultura/horton_ficcao_crista.htm
- https://www.gospelprime.com.br/o-cristao-e-a-ficcao/
- https://voltemosaoevangelho.com/blog/2018/02/por-que-cristaos-deveriam-ler-ficcao/
- https://voltemosaoevangelho.com/blog/2015/08/o-cristao-e-a-ficcao-fantastica-para-leitores-de-tolkien-lewis-e-wurlitzer/